Os fãs apaixonados por quadrinhos, livros e séries animadas sentem um arrepio na espinha quando é dada a notícia de que sua obra favorita terá uma adaptação para o cinema. Na maioria das vezes, o medo tem fundamento. Ótimas séries como “Constantine” e “Dylan Dog” ganharam longas enlatados e sem personalidade nas telonas. Porém, os fãs de Hergé podem respirar aliviados: Tintim é uma exceção à regra. “As Aventuras de Tintim: O Segredo do Licorne”, que estreia nesta sexta na cidade, não faz feio nas telonas.
Nas mãos de Steven Spielberg, responsável por filmes que viraram clássicos de todas as idades, e de Peter Jackson, autor da façanha de ter agradado os fãs da saga “O Senhor dos Anéis” no cinema, o longa do mais simpático repórter da ficção e seu inseparável cachorrinho passou no teste. Baseado nas histórias em quadrinhos de Hergé, dos anos 20, e na série animada que fez muito sucesso nos anos 90, o filme mostra como Tintim, um jornalista investigativo, está sempre farejando boas histórias. Ao lado do cãozinho Milu, o destemido rapaz se mete nas aventuras mais perigosas. Quando Tintim percebe que um item de colecionador, que comprou para decorar seu apartamento, pode ser a chave para um segredo milenar, ele parte em busca da resposta para o mistério.
A investigação de Tintim o leva ao navio do Capitão Haddock. Um dos personagens mais adorados da série, o bêbado incorrigível e resmungão não poderia ficar de fora. Os fãs podem comemorar também as presenças dos clássicos gêmeos atrapalhados, Dupond e Dupont (que na versão legendada adotaram os nome americanos Thomson e Thompson).
tecnologia / Nos últimos meses, alguns diretores como Brad Bird, que dirigiu “Missão Impossível: Protocolo Fantasmas”, acabaram desencorajados de usar a tecnologia em três dimensões. “Eu gosto de 3D, gostei do resultado em ‘Avatar’, mas preferi fazer o filme com a tecnologia IMAX. A razão de filmar em três dimensões é para trazer o espectador para dentro da tela, mas você precisa usar óculos que são um trambolho enorme, a iluminação perde três graduações e as telas são pequenas, porque os filmes são digitais e mais caros. Para mim, esses são três passos para longe da tela”, contou Bird, em entrevista.
Enquanto os resultado em três dimensões sem os óculos e com telas enormes, como as do IMAX, ainda decepcionam, a esperança para a tecnologia estava nas mãos de Spielberg e Jackson e de Martin Scorsese, com “A invenção de Hugo Cabret”.
Para a dupla responsável por “As Aventuras de Tintim: O Segredo do Licorne”, a missão foi cumprida. Tanto que já se fala em uma trilogia.
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